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DENGUE EM CRIANÇAS: O QUE OS PAIS PRECISAM SABER?

DENGUE EM CRIANÇAS: O QUE OS PAIS PRECISAM SABER?


Vivemos em um mundo em constante mudança e a saúde pública se mantém no cerne das discussões essenciais, especialmente quando se trata de doenças transmissíveis como a dengue. Esta doença, prevalente em climas tropicais e subtropicais, coloca desafios únicos e exige soluções inovadoras para sua prevenção e controle. Com este cenário em mente, neste blog post exploraremos a natureza multifacetada da dengue, abordando sua transmissão, os esforços para diagnóstico e tratamento, e as recentes inovações em vacinação que prometem uma nova frente na luta contra essa doença, especialmente entre as populações mais jovens . Veja a seguir os tópicos que serão abordados nesta postagem do blog sobre “Dengue em crianças: o que os pais precisam saber”:


1. O que é dengue?

2. O que causa a dengue?

3. Como ocorre a contaminação da dengue?

4. Tipos de dengue

5. Quais são os sintomas da dengue em crianças?

5. Meu/meu filho/a está com suspeita de dengue. Quando devo procurar atendimento médico?

6. Quais cuidados tomar com uma criança com suspeita de dengue?

7. Como é feito o diagnóstico da dengue em crianças?

8. Tratamento para dengue em crianças

9. Quanto tempo duram os sintomas da dengue em crianças?

10. Sequelas do corpo após contaminação com dengue em crianças

11. Como prevenir a contaminação da dengue em crianças?

12. Vacina contra dengue para crianças

13. Conclusão


Convidamos você a se juntar conosco neste texto, que vai além da superfície para entender a complexidade da dengue e as estratégias eficazes para combatê-la. Desde os sintomas e o diagnóstico até as mais recentes abordagens de prevenção e as políticas de saúde que a cercam, nossa discussão visa iluminar caminhos para um futuro mais saudável. Continue uma leitura!


1. O que é dengue?


A dengue é uma doença viral transmitida principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado. Esses mosquitos são mais ativos durante o dia, especialmente ao amanhecer e ao entardecer, mas podem picar à noite em áreas bem iluminadas. É endêmica em regiões tropicais e subtropicais do mundo, principalmente em áreas urbanas e semiurbanas. A doença é causada por um dos quatro sorotipos do vírus da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), pertencentes à família Flaviviridae.


2. O que causa a dengue?


A dengue é causada por um vírus da família Flaviviridae, que possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A infecção pode ocorrer por qualquer um desses sorotipos, e a imunidade a um sorotipo não garante proteção contra os outros. Isso significa que uma pessoa pode ser infectada até quatro vezes, cada uma potencialmente por um sorotipo diferente do vírus da dengue.


O vírus é transmitido aos humanos pela picada de mosquitos infectados, principalmente pelo Aedes aegypti, e em menor grau pelo Aedes albopictus. Esses mosquitos se tornam portadores do vírus ao picar uma pessoa infectada e, após um período de incubação de 8 a 10 dias, podem transmitir o vírus para pessoas saudáveis ​​ao picá-las. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa.


A transmissão da dengue é mais comum em áreas urbanas e semiurbanas e é especialmente prevalente em áreas tropicais e subtropicais devido às condições climáticas definidas para a reprodução e a atividade dos mosquitos vetores. Mudanças ambientais, urbanização descontrolada, viagens internacionais e falta de controle eficaz de mosquitos são indicadas para a expansão geográfica da dengue e o aumento do número de casos.


3. Como ocorre a contaminação da dengue?


A contaminação por dengue ocorre através da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Aedes, com as espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus sendo os principais vetores. O processo de contaminação ocorre em várias etapas:


Infecção do Mosquito: inicialmente, o mosquito se infecta ao picar uma pessoa que já está infectada pelo vírus da dengue. O vírus se aloja no mosquito e passa por um período de incubação de 8 a 10 dias.


Transmissão para Humanos: Após o período de incubação, o mosquito se torna capaz de transmitir o vírus. Quando ele pica uma pessoa, o vírus é injetado junto com a saliva do mosquito na corrente sanguínea da pessoa.


Período de Incubação no Humano: Uma vez no corpo humano, o vírus da dengue se multiplica nas células do hospedeiro. O período de incubação no ser humano varia de 4 a 10 dias, após o qual os sintomas podem começar a aparecer, se for o caso.


A transmissão do vírus ocorre principalmente durante o dia, ou seja, quando os mosquitos Aedes são mais ativos, especialmente nas primeiras horas da manhã e antes do anoitecer. Contudo, esses mosquitos também podem picar à noite em áreas iluminadas.


Não há transmissão direta de dengue de pessoa para pessoa. A contaminação depende da cadeia de transmissão que envolve o vetor (o mosquito infectado) e o hospedeiro humano. Por isso, medidas de prevenção focam no controle da população de mosquitos e na proteção individual contra picadas, como o uso de repelentes, instalação de telas em janelas e portas, e eliminação de locais de reprodução de mosquitos, como água parada em recipientes abertos.


4. Tipos de dengue


Existem quatro sorotipos do vírus da dengue, conhecidos como DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Cada um desses sorotipos é um pouco diferente geneticamente do outro, e a infecção por um sorotipo não confere imunidade aos outros. Isso significa que uma pessoa pode ser infectada até quatro vezes durante a vida, potencialmente uma vez por cada sorotipo.


Os diferentes sorotipos da dengue podem causar uma gama de doenças, desde formas leves até formas graves, como a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue. Aqui está uma breve descrição de cada sorotipo:


DENV-1: Tende a causar a forma clássica da doença, mas pode levar a formas graves em infecções subsequentes com outros sorotipos.


DENV-2: frequentemente está associado a formas mais graves de doença, como dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue, especialmente em crianças e em infecções secundárias.


DENV-3: Pode causar epidemias de grande escala com altas taxas de doença grave e mortalidade. Tem sido associado a casos graves, tanto em infecções primárias quanto secundárias.


DENV-4: Geralmente causa uma doença menos grave em comparação com os outros sorotipos, mas ainda pode levar a casos graves em determinadas situações.


A circulação de múltiplos sorotipos em uma área aumenta o risco de formas graves de doença devido às especificidades da imunidade cruzada. A infecção prévia por um sorotipo pode aumentar o risco de complicações graves em uma pessoa infectada por outro sorotipo. Esta observação é uma das razões pelas quais o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra a dengue é desafiador, pois ela precisa conferir proteção contra todos os quatro sorotipos simultaneamente.


5. Quais são os sintomas da dengue em crianças?


Os sintomas da dengue em crianças podem variar de nível a grave e, em muitos casos, podem ser semelhantes a outras infecções virais, o que pode dificultar o diagnóstico inicial. Em crianças pequenas e bebês, os sintomas muitas vezes se apresentam de forma leve ou até mesmo assintomática. Contudo, as crianças também podem desenvolver formas mais graves da doença. Aqui estão os sintomas comuns da dengue em crianças:


Sintomas Leves:


Febre repentinamente alta, que pode ser acompanhado de calafrios.

Dor de cabeça e dor atrás dos olhos.

Dores no corpo e nas articulações, que podem ser bastante incômodos, especialmente em uma criança pequena.

Fadiga e mal-estar geral.

Erupções parecem que podem aparecer alguns dias após o início da febre, causando problemas. Essas erupções podem se assemelhar ao sarampo.

Náusea ou vômito, o que pode ser mais comum em crianças do que em adultos.


Sintomas graves :


Em alguns casos, especialmente em crianças que têm uma segunda infecção por um sorotipo diferente do vírus da dengue, a doença pode progredir para formas mais graves, como dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue. Os sintomas graves incluem:


Sangramento de nariz e gengivas.

Manchas de sangue na pele.

Dor abdominal intensa e contínua.

Vômitos persistentes que podem incluir vômito com sangue.

Dificuldade respiratória ou respiração rápida.

Letargia ou irritabilidade.

Sangue sem vômito ou nas fezes.


6. Meu/meu filho/a está com suspeita de dengue. Quando devo procurar atendimento médico?


Se seu filho ou filha tem suspeita de dengue, é importante monitorar os sintomas próximos e procurar atendimento médico para observar qualquer sinal de agravamento ou desenvolvimento de sintomas graves. Aqui estão alguns critérios e sinais de alerta que indicam a necessidade de procurar atendimento médico imediatamente:


Febre Alta Persistente : Se a febre é muito alta (acima de 38,5°C) e não diminui com medidas comuns de controle de febre dentro de 2 a 3 dias.


Sintomas de Desidratação : Como boca seca, choro sem lágrimas, diminuição da frequência de urina (bebês que não molham fraldas por 3 a 4 horas), letargia ou irritabilidade.


Dor Abdominal Severa ou Contínua : Qualquer dor abdominal intensa ou contínua pode ser um sinal de alerta de dengue grave.


Vômitos persistentes: Incapacidade de manter líquidos para baixo, vômitos contínuos ou vômitos com sangue.


Sangramento Anormal : Como sangramento de nariz ou gengiva, presença de sangue no vômito ou nas fezes, ou qualquer tipo de sangramento espontâneo.


Letargia ou Irritabilidade Extrema : Mudanças significativas no comportamento ou no nível de consciência da criança.


Dificuldade Respiratória: Qualquer sinal de dificuldade para respirar ou respiração rápida.


Pele Fria, Pálida ou Manchada : Se a pele da criança parecer pálida, fria ao toque ou manchada.


Erupções Cutâneas que se Espalham : Especialmente se acompanhadas de revisões ou desconforto significativo.


Sinais de Choque : Como extremidades frias, sudorese, ou um rápido declínio na pressão arterial.


Recomendações Gerais :


Não dê aspirina (ácido acetilsalicílico) em crianças, pois pode aumentar o risco de sangramento. Prefira paracetamol para controlar a febre, seguindo as orientações do pediatra.


Mantenha a criança bem hidratada, oferecendo regularmente líquidos, como água, sucos, ou soluções de reidratação oral.


Evite a automedicação e consulte um médico antes de administrar qualquer medicamento.


Se você tiver dúvidas sobre a gravidade dos sintomas ou se a situação da criança parecer estar piorando, não hesite em procurar atendimento médico. É melhor errar pelo excesso de cautela quando se trata da saúde de seus filhos, especialmente com doenças como a dengue, que podem evoluir rapidamente para formas mais graves.


7. Quais cuidados tomar com uma criança com suspeita de dengue?


Cuidar de uma criança com suspeita de dengue envolve medidas para aliviar os sintomas, prevenir a desidratação e monitorar de perto qualquer sinal de complicação. Aqui estão alguns cuidados importantes para serem tomados:


Manter a Hidratação : Ofereça líquidos constantemente: Água, soluções de reidratação oral, caldos leves, e sucos naturais são boas opções. Mantenha a criança bem hidratada para ajudar a combater a febre e prevenir a desidratação.


Controle de Febre e Dor : Use paracetamol: Para aliviar a febre e a dor, conforme a dosagem para a idade da criança. Evite medicamentos à base de aspirina (ácido acetilsalicílico) e ibuprofeno, pois podem aumentar o risco de sangramento em caso de dengue.


Repouso : Garantir que a criança descanse: A segurança é crucial para a recuperação, pois o corpo da criança está lutando contra o vírus.


Observação dos sintomas : Monitore os sintomas cuidadosamente: Fique atento aos sinais de piora ou ao aparecimento de sintomas graves, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, dificuldade para respirar, sangramento ou qualquer alteração no estado de consciência.


Evitar Picadas de Mosquito : Proteja uma criança de picadas de mosquitos adicionais: Isso é importante para evitar a transmissão do vírus para outros mosquitos e, consequentemente, a outras pessoas. Use repelentes protetores para a idade da criança e mantenha-a em ambientes protegidos por telas ou mosquitos.


Alimentação Leve: Ofereça uma alimentação leve: Prefira alimentos de fácil digestão e que não irritem o estômago da criança, como sopas, caldos, frutas e legumes cozidos.


Evite a automedicação: Consulte um médico antes de tomar qualquer medicamento: Além do paracetamol para febre e dor,  consulte um profissional de saúde antes de administrar outros medicamentos.


Procure Atendimento Médico: Se houver sinais de alerta, procure atendimento médico imediatamente: Não hesite em procurar ajuda profissional para observar qualquer sintoma que cause preocupação ou indique uma possível complicação da doença.


Cuidar de uma criança com suspeita de dengue exige atenção e cuidado constantes. Mantenha uma comunicação aberta com profissionais de saúde e siga as recomendações médicas para garantir uma recuperação segura e eficaz.


8. Como é feito o diagnóstico da dengue em crianças?


O diagnóstico da dengue em crianças, assim como em adultos, baseia-se na combinação de sinais clínicos, histórico do paciente e testes laboratoriais específicos. O processo de diagnóstico geralmente inclui as seguintes etapas:


Histórico Médico: O médico perguntará sobre os sintomas apresentados pela criança, quanto tempo eles persistem, e se apresentará  em áreas conhecidas por surtos de dengue.


Exame Físico: Durante o exame físico, o médico pode detectar sinais como febre, erupções aparentes, sensibilidade à dor em diferentes partes do corpo e qualquer sinal de desidratação ou sangramento.


Para confirmar o diagnóstico de dengue, podem ser solicitados testes laboratoriais específicos. Esses testes podem incluir:


Teste NS1: Detecta o antígeno NS1 do vírus da dengue nos primeiros dias da infecção. É útil para um diagnóstico precoce.


Testes de Sorologia (IgM e IgG): Identificam a presença de anticorpos contra o vírus da dengue. O IgM geralmente indica uma infecção recente, enquanto o IgG pode indicar uma infecção passada ou exposição prévia ao vírus.


PCR (Reação em Cadeia da Polimerase): Um teste mais específico que detecta o material genético do vírus. É particularmente útil nas fases iniciais da doença.


Além dos testes específicos para dengue, o médico pode solicitar exames de sangue gerais para avaliar o impacto do vírus no organismo da criança, como:


Hemograma completo: Para verificar a contagem de placas, que pode diminuir em casos de dengue, e outros parâmetros sanguíneos.


Exames de função hepática: O vírus da dengue pode afetar o fígado, então estes exames podem ajudar a avaliar a extensão do dano hepático.


Em alguns casos, o médico pode monitorar a evolução dos sintomas da criança ao longo de alguns dias antes de confirmar o diagnóstico de dengue, especialmente se os testes iniciais não forem conclusivos.


O diagnóstico precoce e preciso é crucial para o manejo adequado da dengue em crianças, permitindo o tratamento sintomático otimizado e a prevenção de complicações graves. Se houver suspeita de dengue, é importante procurar atendimento médico o quanto antes.


9. Tratamento para dengue em crianças


O tratamento da dengue em crianças, assim como em adultos, foca principalmente no intervalo dos sintomas e na prevenção de complicações, já que não existe um tratamento antiviral específico para a doença. A maioria dos casos de dengue é leve e pode ser tratada em casa, sob orientação médica. Contudo, casos graves bloqueiam atendimento hospitalar. Aqui estão algumas diretrizes gerais para o tratamento da dengue em crianças:


Tratamento em Casa


Hidratação: Manter a criança bem hidratada é crucial. Ofereça água, sucos, sopas e soluções de reidratação oral com frequência, especialmente se houver febre ou vômito.


Controle de Febre e Dor: O paracetamol (acetaminofeno) pode ser usado para reduzir a febre e aliviar a dor, seguindo as dosagens recomendadas para a idade da criança. É importante evitar o uso de aspirina (ácido acetilsalicílico) e antiinflamatórios não esteroides (como ibuprofeno), pois podem aumentar o risco de sangramento em casos de dengue.


Reconhecimento dos Sinais de Alerta: Pais e cuidadores devem estar atentos aos sinais de alerta que indicam agravamento da doença, como vômito persistente, dor abdominal intensa, letargia, dificuldade para respirar, e sangramento. Caso esses sinais sejam aplicados, é necessário procurar atendimento médico imediatamente.


Tratamento Hospitalar


Em casos graves, como dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue, a criança precisará ser hospitalizada para receber tratamento mais intensivo, que pode incluir:


Administração de Fluidos IV: Para prevenir a desidratação severa e manter o equilíbrio de eletrólitos.


Transfusão de Sangue ou Plaquetas: Em casos de sangramento significativo ou contagem de plaquetas muito baixa.


Monitoramento Contínuo: Monitoramento de sinais periféricos, contagem de placas e hematócrito, para detectar sinais de choque ou outras complicações.


Suporte de Oxigênio: Se houver dificuldade respiratória.


Prevenção de Complicações


O acompanhamento médico é crucial para evitar complicações. O médico pode solicitar exames de sangue regulares para  monitorar a contagem de placas e hematócrito, para ajudar a avaliar o risco de complicações como sangramento e choque. Além do tratamento específico, é importante garantir que a criança descanse bastante e fique em um ambiente confortável para facilitar a recuperação.


10. Quanto tempo duram os sintomas da dengue em crianças?


A duração dos sintomas da dengue em crianças pode variar, mas geralmente segue um curso semelhante ao observado em adultos. Os sintomas podem durar de 2 a 7 dias, após os quais a maioria das crianças começa a se recuperar bem. No entanto, o período total de doença pode ser dividido em várias fases:


Fase Febril: Esta fase inicial dura de 2 a 7 dias e é caracterizada por febre alta repentina, dores no corpo, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, e, em alguns casos, náuseas e vômitos. Pode haver também tradição.


Fase Crítica: Após a queda da febre, geralmente entre o 3º e o 7º dia da doença, inicia-se um período de 24 a 48 horas conhecido como fase crítica. Durante esse tempo, há um risco de desenvolver formas mais graves de doença devido ao aumento da permeabilidade vascular e ao risco de sangramento. É um período em que a atenção médica é crucial, especialmente se houver sinais de alerta, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, dificuldade respiratória, sangramento ou letargia.


Fase de Recuperação: Se a criança superar a fase crítica sem complicações graves, segue-se a fase de recuperação, que pode durar de 2 a 3 dias até uma semana. Durante este período, o bem-estar geral começa a melhorar, o apetite retorna, e os sinais clínicos e sintomas residuais começam a desaparecer. A recuperação da contagem de placas e do volume de líquido no corpo também ocorre nesta fase.


Algumas crianças podem experimentar um período de convalescença mais prolongado, durante o qual podem se sentir mais cansadas ou agitadas do que o habitual, e este período pode durar algumas semanas.


É importante observar que, mesmo após a recuperação dos sintomas agudos, algumas crianças podem experimentar fadiga ou mal-estar por um tempo após uma infecção. Cuidados de suporte e acompanhamento médico são importantes durante todo o processo de recuperação para garantir que a criança retorne ao seu estado normal de saúde sem complicações.


11. Sequelas do corpo após contaminação com dengue em crianças


A maioria das crianças se recupera completamente da dengue sem sequelas a longo prazo. No entanto, dependendo da gravidade da doença e de como ela foi gerenciada durante o período crítico, algumas crianças podem experimentar efeitos posteriores ou complicações que podem levar algum tempo para serem resolvidas completamente. Aqui estão algumas possíveis sequelas ou efeitos a longo prazo que podem ser observados após uma contaminação por dengue em crianças:


Fadiga e Fraqueza Prolongadas: Algumas crianças podem sentir cansaço ou fraqueza por semanas após a recuperação dos  sintomas principais. Isso pode afetar temporariamente seu nível de atividade e desempenho escolar.


Problemas Psicológicos ou de Humor: Experiências de doença grave podem afetar o bem-estar emocional e psicológico das crianças, podendo levar a mudanças de humor, ansiedade ou depressão.


Dificuldades de concentração: A fadiga e o mal-estar pós-dengue podem interferir na capacidade de concentração e aprendizado por algum tempo.


Recuperação Lenta de Complicações: Em casos de dengue grave que levaram a complicações como dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue, a recuperação pode ser mais lenta, e o acompanhamento médico é necessário para garantir que não haja efeitos a longo prazo.


Problemas com a Função Hepática: Em alguns casos, a dengue pode afetar o fígado, resultando na elevação do ritmo das enzimas hepáticas. Embora geralmente se resolvam sem tratamento específico, casos mais graves podem necessitar de acompanhamento.


Redução da Imunidade: Após uma infecção por dengue, pode haver um período em que a criança fica mais suscetível a outras infecções, devido à mobilização do sistema imunológico contra o vírus da dengue.


É importante notar que a maioria desses efeitos são temporários e se resolvem com tempo adequado de recuperação e cuidados de suporte. A nutrição adequada, a segurança suficiente e o acompanhamento médico podem minimizar as sequelas e promover uma recuperação completa.


Em casos raros, como as complicações graves podem ter efeitos a longo prazo, por isso é crucial procurar atendimento médico adequado durante a doença para reduzir o risco de complicações graves e monitorar a recuperação da criança.


12. Como prevenir a contaminação da dengue em crianças?


A prevenção da dengue, especialmente em crianças, é crucial devido à sua maior vulnerabilidade às formas graves da doença. Aqui estão estratégias para prevenir a contaminação por dengue em crianças:


Remova água da parada de vasos de plantas, pneus velhos, calhas e quaisquer outros recipientes que possam acumular água.  Os mosquitos Aedes aegypti, transmissores da dengue, se reproduzem em água limpa acumulada.

Cubra tanques de água e reservatórios para que os mosquitos não entrem e depositem ovos.


Use roupas que cubram a maior parte do corpo, como mangas compridas e calças, para proteger as crianças das picadas de mosquito.


Aplique repelente de proteção protetora para a idade da criança nas áreas expostas da pele. Siga sempre as instruções do fabricante quanto à aplicação e reaplicação.


Instale telas em janelas e portas e use mosquiteiros sobre as camas durante o sono ou o repouso para evitar que os mosquitos entrem nas casas.


Use ar condicionado ou ventiladores quando possível, pois isso pode ajudar a manter os mosquitos afastados.


Minimize a exposição ao ar livre durante os horários de maior atividade dos mosquitos, que são ao amanhecer e ao entardecer.


Eduque as crianças sobre a importância de evitar água parada e a maneira correta de usar repelentes.


Participe de esforços comunitários para controlar a população de mosquitos, como campanhas de limpeza e eliminação de criadores potenciais de mosquitos.


Implementar essas medidas de prevenção pode ajudar significativamente a reduzir o risco de infecção por dengue em crianças. A prevenção é sempre mais eficaz quando a comunidade inteira envolve a eliminação dos criadosuros de mosquitos e a proteção individual contra picadas.


13. Vacina contra dengue para crianças


A Associação Brasileira de Pediatria (ABP) enfatiza a importância da vacinação com QDENGA contra a dengue, promovendo a proteção de crianças e jovens de maneira prioritária. Essa vacina, validada pela Anvisa, é administrada em duas etapas, separadas por um período de três meses, e é indicada para pessoas entre 4 e 60 anos.


Além disso, o Ministério da Saúde decidiu incorporar o imunizante ao portfólio do Sistema Único de Saúde (SUS), com um foco especial no grupo de 6 a 16 anos, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Câmara Técnica de Aconselhamento em Vacinação, com início previsto para as campanhas de vacinação em fevereiro.


14. Conclusão


Chegamos ao fim do nosso conteúdo informativo sobre Dengue em Crianças. A batalha contra a dengue é longa e repleta de desafios, mas com os avanços recentes na vacinação e nas estratégias de prevenção, estamos equipados como nunca antes para enfrentar essa ameaça. Através de esforços combinados, educação e ação comunitária, podemos vislumbrar um futuro onde a dengue não seja mais uma ameaça à saúde pública. A jornada é coletiva, e cada passo que damos juntos nos aproxima de um mundo mais saudável para todos.


Na Rede Mais Saúde, entendemos a importância de estar sempre à frente na luta contra doenças como a dengue. É por isso que convidamos você e sua família para participarem de nossas campanhas de prevenção e vacinação. Visite nossas unidades ou entre em contato para todas as informações necessárias para mantê-lo protegido. Lembre-se, prevenir é sempre o melhor remédio, e juntos, podemos fazer a diferença na saúde de nossa comunidade.


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